Sociedade

Jovem salva bebé de 4 meses e é considerado o “Herói do Mediterrâneo”

Published

on

Num naufrágio na costa da Líbia onde estavam cerca de 100 pessoas, só 70 pessoas é que foram salvas, sendo que 30 pessoas acabaram por desaparecer. Perante o desastre, um jovem de 17 anos conseguiu salvar um bebé de 4 meses colocando-o nas costas. Segundo o jovem, o bebé chorava e dizia que “estava desesperado”, enquanto que o rapaz tentava salvar outro indivíduo, segundo o Correio da Manhã.

O bebé acabou por ser submetido a manobras de reanimação por parte de um membro que fazia parte da equipa dos Médicos Sem Fronteiras (MFS) e conseguiu sobreviver.

Assim, o jovem tornou-se no “Herói do Mediterrâneo” após a atitude deste. O momento foi registado em vídeo graças ao fotojornalista francês Michael Brunel que viralizou nas redes sociais:

Fonte: Twitter e CNN Portugal.

Segundo a CNN Portugal, após o desastre na costa da Líbia, os sobreviventes deste naufrágio ainda tiveram que esperar até cinco dias para poderem entrar na Europa. Os sobreviventes só conseguiram desembarcar mais tarde, em Tarento, depois de vários pedidos por parte dos Médicos Sem Fronteiras (MSF) a dois países: Itália e Malta.

Este desastre contribuiu para a construção de várias críticas por parte de vários líderes. Por exemplo, Stephanie Hofstetter disse que no mínimo 10 indivíduos, na sua maioria mulheres, sofreram “queimaduras de combustível médias a graves” e precisavam de tratamento médico complementar, além do que podia ser feito durante o período de resgate. Por outro lado, Juan Matías Gil, líder dos Médicos Sem Fronteiras (MSF), culpou a União Europeia (UE) por este tipo de acontecimentos trágicos dizendo que “este acontecimento traumático é uma consequência mortal da crescente inação e desinteresse dos Estados europeus e outros Estados fronteiriços, incluindo Itália e Malta, no Mar Mediterrâneo”.

Infelizmente, estes acontecimentos ainda continuam a persistir. A Organização das Nações Unidas (ONU) diz que “atualmente, o Mar Mediterrâneo continua a ser a fronteira mais mortífera do mundo” com um total de 24.184 migrantes desaparecidos, isto desde 2014. Só este ano foram registados os desaparecimentos de 721 migrantes. Os membros da UE e os Estados que fazem fronteira com o Mar Mediterrâneo dizem estar “a condenar as pessoas a afogarem-se sob políticas de não-assistência.”

 

Escrito por Catarina Fernandes Almeida

Revisão por Beatriz Oliveira

Leave a Reply

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *

Exit mobile version