Ciência e Saúde

Universidade de Aveiro cria programa para crianças com dificuldades na linguagem

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Fonte: Pexels

A Universidade de Aveiro (UA) criou o programa “PROsyntax”, que tem como objetivo ajudar crianças com dificuldades na linguagem escrita e oral. O projeto inclui um manual físico, além de um conjunto de ilustrações, e possui como público-alvo profissionais de saúde e educação, que trabalham com crianças a partir dos três anos. Entre eles, terapeutas da fala, educadores de infância e professores.

O grupo de investigação responsável pela iniciativa foi coordenado por Marisa Lousada, investigadora do Centro de Investigação em Tecnologias e Serviços de Saúde (CINTESIS) e docente da UA, e por Alexandrina Martins, membro do Centro de Linguística da Universidade de Lisboa (CLUL). O trabalho foi produzido no âmbito dos estudos do Mestrado em Terapia da Fala, pelas terapeutas Mafalda Azevedo e Raquel Crespo.

De acordo com Marisa Lousada, atendendo à abordagem metalinguística, o programa visa “melhorar as competências sintáticas de crianças com perturbação de linguagem”. Segundo consta no site do CINTESIS, a investigadora adianta, ainda, que “esta abordagem propõe a realização de um treino explícito da linguagem, com recurso a suportes visuais (escrita ou imagens) e à codificação de partes do discurso, por meio de um sistema de cores e formas”. O estudo realizado pelas terapeutas teve em consideração “a elevada heterogeneidade a nível dos défices que podem ser apresentados” pelas crianças, pelo que as atividades propostas podem ser adaptadas às características de cada uma delas. 

Numa fase posterior, os resultados do programa “PROsyntax” serão avaliados em crianças com disfunção do espetro do autismo e perturbações do desenvolvimento da linguagem.

O “PROsyntax” foi galardoado com o Prémio Coletivo de Investigação Científica Dr.ª Maria Lutegarda, por parte da Fundação AFID Diferença. A atribuição da congratulação tem como principais objetivos estimular a investigação e a inovação nas áreas da reabilitação associadas a pessoas com deficiência, rejeitar a discriminação e promover a inclusão social, bem como garantir a igualdade de oportunidades.

A U. Aveiro já licenciou o produto para a empresa Trilhos de Mudança, Lda. e, após validação dos peritos da área, está previsto ficar disponível na comunidade científica dentro de poucos meses.

 

Escrito por Camila Silva Teixeira. Revisão por Maria José Coelho. 

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